sábado, 5 de setembro de 2009

O Poderoso Chefão


Finalmente assisti ao clássico "O Poderoso Chefão". Estava namorando o box da trilogia toda vez que passava em uma Saraiva, e finalmente comprei. E não me arrependi. Por enquanto só assisti ao primeiro filme, mas já estou satisfeitíssimo. A obra-prima de Francis Ford Coppola, de 1972, com certeza é um dos melhores filmes americanos de todos os tempos.

Nem tenho muito o que dizer, o filme é praticamente perfeito, um retrato incrível da máfia italiana nos EUA. Atuações estupendas e paisagens magníficas, com cenas recheadas de diálogos densos e inteligentes. Al Pacino, como sempre, inacreditavelmente competente, e ao seu lado um dos melhores (senão o melhor) ator de todos os tempos: Marlon Brando. Os dois são pai e filho no filme, e criam uma sintonia incrível. Brando, com sua voz rouca e cara de durão (usou durante toda a gravação algodão nas bochechas para mudar o formato do rosto e a voz, para adequá-los ao personagem) consegue criar um real e perfeito Don Corleone. Al Pacino, em brilhante interpretação, faz Michael, o sucessor como chefe da familia mafiosa, e novo Don Corleone.

O filme se desenvolve de forma impressionante, e mantém o público extasiado do início ao fim.

Sobre a trama, não há muito o que dizer, mostra a disputa entre as principais familias da máfia italiana nos EUA, e todo o esquema por trás dela.

Um clássico que deve ser visto por todos, ganhador do Oscar de Melhor Filme, e que é indispensável na prateleira de qualquer amante de cinema. A nota vocês já devem ter deduzido....

Nota: 5 Sushis!!!!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Dançando no Escuro


Acabei de desligar o aparelho de DVD e já vim correndo escrever sobre o filme. Ainda estou em estado de choque e quero comentar sobre o filme enquanto ainda tenho suas chocantes cenas na mente. O filme do qual estou falando é "Dançando no Escuro", de Lars Von Trier, do ano de 2000.
Sem palavras é como eu realmente estou no momento. "Dançando no Escuro", como já havia lido, simplesmente choca a quem o assiste, e ao mesmo tempo, pode encantar. A história extremamente sofrida de Selma (Björk) é capaz de tocar até mesmo os mais insensíveis, uma história de luta, sofrimento, dor e amor. Lars Von Trier conduz o filme de forma e fazer o público sofrer juntamente com a personagem principal, que come o pão que o diabo ameaçou, tudo para salvar seu filho. E ainda por cima, vai ficando cega no decorrer do filme! O musical teve todas as suas músicas compostas por Björk, que também as canta. A cantora islandesa, famosa por ser uma figura bizarra, consegue uma atuação inacreditávelmente real, que lhe rendeu (mais que merecidamente) a Palma de Ouro de Melhor Atriz do Festival de Cannes.
Basicamente, o filme conta a saga de Selma, uma imigrante Tcheca, mãe solteira que trabalha numa usina têxtil no norte rural dos EUA. Vive em um trailer com seu filho Gene, de 12 anos. Seu único alento está na paixão pela música e pelos números de canto e dança dos musicais hollywoodianos, e assim consegue misturar sua triste realidade com a felicidade da música. Selma esconde um grande segredo de todos: possui uma doença hereditária, em que vai perdendo a visão, dia após dia. Consegue lidar com a cegueira, mas luta para conseguir bancar uma cirurgia para seu filho não sofrer da doença que está condenado a possuir. Quando suas poucas economias são roubadas, um incidentemudará para sempre sua vida, e assim caminhará rapidamente para seu trágico e inevitável final.
O filme é uma deslumbrante viagem de imagens e sons, a voz delicada e alternativa de Björk embala as canções que ajudam Selma a driblar todas as desventuras por que passa. Lars Von Trier dirige o filme com sua habitual e peculiar maneira, filmando com câmera na mão (o que pode causar leves náuseas aos mais sensíveis)e tiranto toda música de fundo, deixando as músicas de Björk como as únicas melodias do filme.
Se você está em busca de um musical tradicional, passe longe de "Dançando no Escuro", que choca com suas cenas fortes e por vezes violentas. Mesmo assim é um filme que vale a pena assistir, com uma mensagem de coragem e amor, e uma atuação inspiradora de Björk.
Outra atriz excelente do filme, é a já veterana atriz francesa Catherine Deneuve, que interpreta com louvor a amiga fiel e inseparável de Selma.
"Dançando no Escuro" é uma obra-prima de Von Trier ganhadora do Festival de Cannes e com certeza vale a pena ser vista.
Nota: 5 Sushis!!!!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sobre Meninos e Lobos

Para inaugurar o Sushi de Ouro, vou iniciar com o filme "Sobre Meninos e Lobos", de Clint Eastwood, do ano de 2003.
Para mim esse filme tem uma história curiosa. Nessas últimas férias de julho, assisti um filme chamado "Um Sonho de Liberdade", que comprei na coleção Cinemateca Veja. O protagonista do filme é interpretado por Tim Robbins. Simplesmente adorei o filme e fiquei impressionado com a atuação deslumbrante de Robbins. Resolvi ver mais filmes do ator, e "Sobre Meninos..." se destacou, por ter dado à Tim o Oscar de Ator Coadjuvante. Assisti ao filme e gostei muito.

No colégio em que estudo, há uma atividade opcional, o Clube de Cinema. Lá discutimos sobre filmes definidos pelos professores. Na primeira semana de aula, para minha surpresa, vi que o próximo Clube de Cinema seria de "Sobre Meninos e Lobos". Achei ótimo, assim poderia discutir o filme com mais pessoas, e ouvir diferentes pontos de vista.

Bom, agora vamos ao que interessa, vamos falar sobre o filme. "SMEL" é dirigido por Clint Eastwood, um diretor indiscutívelmente formidável. Nesse filme, mantém o clima sombrio e pesado característicos de seus filmes.

O filme acompanha a trajetória de três companheiros de infância, Jimmy (Sean Penn), Dave (Tim Robbins) e Sean (Kevin Bacon). Ainda crianças, Dave é sequestrado enquanto brincam, abusado, mas consegue fugir. Esse acontecimento muda a vida dos três para sempre. O tempo passa, e os amigos se distanciam, apesar de ainda morar nas proximidades. Um novo desastre faz com que cruzem seus caminhos novamente. A filha de Jimmy é assassinada e Dave é suspeito do crime. Sean se tornou policial, e investiga o caso. O filme segue traçando as características psicologicas de cada um, e mostra como o sequestro de Dave influenciou a todos.

Clint dirige o filme com maestria, um drama mesclado com thriller. Mas desde já é bom dizer que este não é um filme de suspense policial, em que descobrir quem é o assassino é o mais importante. O filme é na verdade um thriller psicológico, que critica o comportamento humano.

As atuações são brilhantes, principalmente a de Sean Penn. Ganhou seu primeiro Oscar nesse filme,em que constrói um Jimmy realista, com todos os seus defeitos, explosivo, e que quer fazer justiça com suas próprias mãos, vingar a morte da filha. Uma atuação intensa, merecedora do Oscar. Não menos importante é Tim Robbins, que no papel do conturbado Dave, consegue transmitir toda a sua angústia e medo, originários do abuso sofrido quando cirança. O elenco coadjuvante também é estrelar, contando com Laura Linney e Marcia Gay Harden, nos papéis das esposas de Jimmy e Dave.

Concluindo, "Sobre Meninos e Lobos" é um filme incrível sobre o comportamento do homem, suas atitudes e consquências, e como um fato pode mudar a vida de inúmeras pessoas. Com certeza um must-see!

Nota: 5 Shushis!!!!!